terça-feira, 27 de abril de 2021

Mar

 Finalmente fomos ver o mar!

É verdade que o dever de confinamento ainda não acabou mas tivemos que fazer uma viagem para uma consulta médica e, já que tínhamos feito quase 200 km, era só  mais uma dúzia e o mar estava ali à nossa espera! 

Vamos, não vamos !!???

 Mas o confinamento parece ser só para alguns que há muitas pessoas que vão de férias para aqui e para  ali, viajam sem parar e as férias parecem ter etapas sucessivas...

Com o mar ali tão perto, não poderíamos ficar umas horitas, a olhar para os vinte ou trinta tons de azul, sentir o cheiro do mar e os salpicos de espuma das ondas fortes?  Fomos! Fizemos o caminho de regresso a casa de maneira a passar por lá!

Há mais de seis meses que não ouvíamos o som das ondas, nem apanhávamos uma "bebedeira de azul" e sol. As saudades não eram de fazer praia  que a água é sempre muito fria e gostamos pouco de tostar ao sol! Eram mesmo saudades do mar!







Não há ali dunas nem nada que se pareça! Numa das praias as construções estão a pouco metros da água e na outra há falésias instáveis onde, numa fina camada de solo, se vislumbra um resto da vegetação característica das zonas dunares mas as plantas estão  quase sufocadas pelo chorão-das-praias, outras plantas invasoras e plantas silvestres como a malva, papoilas, serralhas e até catacuzes, além de um extenso canavial que acompanha o passadiço que liga duas praias...
Estas são algumas das plantas que lá estão e  devem estar ali!




Mas o espaço que as plantas invasoras lhes deixam é minúsculo e não há hipótese de alargarem a sua área. Aqui a espécie de invasoras mais agressiva, é sem dúvida o chorão -das -praias. É verdade que as flores até são bonitas e quase lembram uma anémona mas, onde ele está, há poucas hipóteses de cresceram outras plantas. Mas não é a única planta que lá encontrámos e  que faz parte da lista de plantas invasoras...

Não é que lhe queiramos criar má fama  mas esta também faz parte da lista!
 
Mas vamos voltar ao mar...



Outra praia, o mesmo mar!
 A manhã aqueceu e os tons de azul ficaram ainda mais variados.







Outra praia ali ao lado, outros tons de azul!





Ainda assim, deu para matar um pouco das saudades e, apesar de não estar prescrito  na receita médica, este passeio  para ver o mar fez-nos muito bem à saúde!





quinta-feira, 22 de abril de 2021

Dia da Terra

 Terra Mãe

Assinala-se hoje o Dia da Terra! 

É uma chamada de atenção para os inúmeros problemas, sobretudo causados pelos humanos, que  afectam o Planeta. 

As alterações que a Terra enfrentou  ao longo de milhões de anos e que decorrem de a Terra ser um Planeta Vivo, sempre foram resolvidas pelo próprio planeta que se regenera e tende  para um equilíbrio natural. 

Mas os  estragos causados  pela espécie humana são múltiplos! Abrangem o ar, o solo, a água, outros seres vivos e têm ocorrido num curtíssimo espaço de tempo. Dois ou três mil anos na história da Terra não é nada...

 A Terra, mais uma vez, encontrará o seu equilíbrio, nem que para isso se tenha que livrar da espécie que está a destruí-la! 

Para que os seres vivos e não vivos tenham lugar no Planeta( e a espécie humana consiga sobreviver), cada um de nós terá que fazer o seu papel de acordo com o seu nível de intervenção (hábitos de alimentação, consumo, deslocação...) e não ficar por aí mas fazer ouvir a sua voz junto dos órgãos decisores a nível  local, nacional... Se assim não for, haverá um ponto de não retorno e que futuro terão os nossos filhos e os nossos netos?

Não devemos deixar os destinos do Planeta só nas mãos de alguns! 

A Terra que já sofreu muitas alterações,  continuará a existir sem nós mas nós não temos outra casa!

E mesmo que tivessemos, não temos o direito de destruir esta!



No mistério do sem-fim

No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem fim
 
a  asa de uma borboleta.

Cecília Meireles



Todos os dias são Dias da Terra!
Mena
No primeiro trabalho de fotografia usei uma fotografia da Terra que recolhi da internet e fotografia de bola de sabão de minha autoria.
 



sábado, 10 de abril de 2021

Primavera em Abril

Retratos da Primavera

em tempos de pandemia

2021

Lembro-me que há muitos anos atrás, na altura da Páscoa, as flores dos jarros, as "grinaldas- de -noiva" e outras flores que houvesse na comunidade eram levadas  para enfeitar a igreja e os andores que saíam na procissão do Senhor dos Passos e na procissão  do domingo de Páscoa. 

Depois esse costume caiu em desuso e a maior parte das igrejas  começou a utilizar flores consideradas mais "nobres" como orquídeas, coroas-imperiais, gladíolos...

Com a pandemia, sem muitas igrejas para alindar e sem procissões, as humildes flores dos quintais lá  ficaram a enfeitá-los  e a servir de abrigo à bicharada. 

No canteiro, os jarros continuam em flor e para além da visita das abelhas e outra bicharada, há um residente verde que se esconde na sombra bem enroladinho e camuflado para  parecer outra coisa qualquer...
Se pressente uma presa, estica as suas oito patas e vai ver se há algum insecto para o almoço. 
Quem diria que, aquele amontoado verde, era uma aranha tão bonita!


Percorre a flor do jarro de um lado para o outro e espreita a ver se não lhe escapou nada...

Nem uma formiga ? Nada que se aproveite! Só um humano a espreitar ...
Desiludida, a aranha verde volta para a sua casa /flor. Às vezes, por breves minutos, muda-se para uma folha verde e aí a camuflagem é perfeita. Como não faz teia, a camuflagem é a sua arma para atacar as presas mais incautas. Há dois meses que acompanho a vida desta aranha sempre na mesma  flor mas não tarda nada terá que mudar de casa, pois a flor do jarro já está a ficar seca... 



Mas a Primavera trouxe outras cores e flores aos canteiros...

As estrelícias com ares de aves esbeltas, parecem querer voar no céu azul...

Os lírios e os lilases estão vestidos com as cores da quaresma...


As rosas mostram-se orgulhosas das suas belas cores.


Mas muitas outras plantas dão o seu contributo à Primavera...



Os caracóis já dormem na sua cama de flores!

E nós, com a pandemia, não podemos dormir descansados nem  devemos descurar a guarda para nos protegermos do tal inominável que, ainda por cima, é invísivel aos nossos olhos! 

A vacinação está a decorrer entre avanços e recuos e as reacções dão-se em cima do acontecimento. Não há tempo, nem distanciamento histórico ou científico para que possa ser de outra forma. 

Mais um dia chegou ao fim e estas nuvens negras prometem um fim de semana com chuva.  

 Mas há outra nuvens negras que pairam sobre nós!

Temos que continuar a cuidar-nos e, embora já estejamos cansados, não podemos desistir...

Mena

As fotografias são de minha autoria, com excepção das que estão devidamente identificadas.