quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Museu de Joalharia Contemporânea-Moura

Este museu fica situado em Moura na Rua da Vista Alegre, num edificio recuperado, onde já funcionou o quartel dos bombeiros.
Vindos do  Castelo descemos a ladeira, viramos à direita, passamos uma bela fonte e ao fundo da rua lá está o MUSEU ALBERTO GORDILLO.
Inaugurado em 2011, este Museu de Joalharia Contemporânea guarda 226 obras de arte que o artista Alberto Gordillo doou ao município de Moura.
Dessas magníficas obras de arte estão rotativamente em exposição cerca de 50 .
 
Alberto Gordillo, escultor e joalheiro, nasceu em Moura em 1943.
Foi para Lisboa com 12 anos para aprender ourivesaria com um tio.
Datam dos finais dos anos 50 as suas primeiras jóias modernas.
A utilização de novos materiais e técnicas fez com  que fosse considerado o pioneiro da Joalharia Moderna Portuguesa. 
Artista muito premiado e com inúmeras exposições realizadas, continua a ser uma referância na joalharia contemporânea.
A sua 1ª exposição de joalharia moderna foi realizada em 1963.
Realizou, até agora, 60 exposições individuais e participou em cerca de 250 colectivas.

O artista utliza nas suas obras de joalharia contemporânea materiais variados como prata, latão, pedras semipreciosas (ágata, lápis lazuli, ametista...) e ainda materiais acrílicos, parafusos, fios eléctricos e madrepérola.

Até aos dias de hoje, Alberto Gordillo continua a imaginar e produzir as suas obras de arte de joalharia e escultura.
Junto de cada peça ou fotografia, encontra uma descrição da peça e as técnicas e materiais utilizados.
Ex:
COLAR DE LATÃO- latão, mármore em bruto e parafusos. Executado nos finais dos anos 50 (2ª do lado direito).
COLAR - latão e fio preto. Executado no início dos anos 60 ( 2ª do lado esquerdo).
COLAR TEIA (fotografia)- jóia de alta joalharia, idealizada e executada em 1973 por Alberto Gordillo, com 300 gramas de platina e 150 brilhantes. Esta jóia esteve exposta no Museu do Traje e na Bolsa de Diamantes de Londres, onde foi vendida (3ª do lado esquerdo).

De acordo com o artista,"a joia contemporânea não vive de valor material, mas de valor artístico" e, por isso, "pode ser feita com pedras da rua, com metais preciosos ou parafusos", acrescentando que as joias da sua coleção "são como um espetáculo" para exibição e "não para usar" como um adereço.

Mas eu resolvi pedir algumas jóias emprestadas e enfeitar-me virtualmente com elas! A dificuldade esteve apenas na escolha já que são magníficas obras de arte que se podem usar temporariamente.

Sabemos  que o artista se encontra com alguma frequência em Moura no seu atelier situado no primeiro andar do museu mas não tivemos o prazer de o encontrar.



Esta é a minha jóia preferida! 

Há muitas razões para visitar Moura e este Museu é uma delas.
Vale a pena repetir a visita já que as jóias expostas vão mudando e há sempre novas obras de arte para apreciar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Tralhas IV

 Listas telefónicas 

 plantas secas

Temos (quero dizer tenho, que eu é que sou a responsável por haver tanta tralha) no sótão cerca de quarenta listas telefónicas!

Para quê ?

Foram utilizadas para secar plantas silvestres e algumas de jardim que depois foram usadas para fazer quadros com as folhas e flores secas. Muitas listas telefónicas ainda têm lá plantas há mais de uma dezena de anos... 

Na falta duma prensa, cada lista levava um tijolo em cima para fazer peso. 


Entre os quadros que ofereci, os que ainda ali tenho encaixotados e os que estão colocados nas paredes, contam-se algumas dezenas! Tive sempre o cuidado de não colher plantas que fossem protegidas ou em perigo e também recolhi algumas  folhas coloridas de outono...

Depois das plantas secas fiz a montagem do quadro e fui colando as plantas com cuidado para não haver excesso de cola. O fundo foi papel, cartolina e até tecido. Depois da colagem deixei secar a cola algum tempo. Em seguida coloquei um vidro por cima e um livro para fazer peso. Dois dias depois estava pronto para ser emoldurado. Isolei a parte detrás com fita adesiva.
Os quadros duram anos e anos, tendo o cuidado de os manter numa parede que não seja húmida.
Se algum se estragar podemos sempre reciclar a moldura!









Com tanta planta seca podia fazer mais quadros mas para quê? Ainda ali tenho tantos que dá para oferecer...

 E não vou encher a casa com mais coisas!

A maioria destes quadros tem mais de vinte anos e em alguns já se nota  a passagem do tempo.





As plantas secas também foram utilizadas para fazer cartões de parabéns, capas de cadernos de papel reciclado que mandei encadernar, telhas decorativas... Já fiz isso tudo. Por agora não faço mais nada.

E colher plantas para secar, nunca mais. Há anos que não o faço.

As plantas ficam bem é onde estão! Nos campos e nos jardins. 


Quanto às listas telefónicas, vou selecionar as plantas que ainda lá estão e guardar meia dúzia de listas. 

O resto irá para a reciclagem.

Os quadros, um dia também terão que ter outro destino.