terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Albergaria dos Fusos


Praia Fluvial

As andorinhas já começaram a chegar, dando sinais de que a primavera vai acontecer.

Por enquanto o inverno instalou-se nos campos e em nós!

É sempre um desafio chegarmos a uma nova primavera...

Por isso é bom recordar alguns passeios que fizemos no verão passado.

Como este, a uma praia fluvial... 

A Praia Fluvial de Albergaria dos Fusos, foi inaugurada em 11 de agosto de 2023. O projeto está integrado no Ecopark do Alentejo Central.

“O parque ecológico permitirá aliar a componente turística e de valorização e interpretação do património natural (através da observação da fauna e flora autóctone em meio natural e dos recursos endógenos que dele se extraem), a uma componente pedagógica, de lazer e desportiva, através da fruição dos recursos naturais proporcionados pela Albufeira e zona envolvente, sem que estes sejam colocados em causa” (Câmara Municipal de Cuba) A praia fica situada  junto do paredão da barragem, tem um areal com cerca de 250 metros de extensão, chapéus de colmo e uma zona dedicada à prática desportiva. Possui também um centro náutico, piscina fluvial e bar de apoio. Aqui não há palmeiras e são as azinheiras e sobreiros que dão uma sombra agradável. Na areia não há vestígios de conchas mas certamente vai encontrar bolotas!



Um local agradável para passar algumas horas.

Mas tomar banho aqui, para já, não! Nada contra quem o faz e havia muita gente a banhos.

Os risos das crianças deixavam adivinhar que estavam felizes como peixinhos na água!

Estas águas abastecem as populações de vários concelhos como Cuba, Alvito, Viana do Alentejo e Portel. A estação de captação e tratamento das águas fica a pouca distância da praia.


Mas há mais para fazer além de passearmos à beira da água, na areia e nos passadiços, fazermos um lanche no café ou uma sesta debaixo duma azinheira...

Basta esperar pelo pôr do sol para assistirmos a um magnífico espectáculo de luz e cor!


 




Voltámos lá este inverno mas tudo mudou! O acesso à beira de água está fechado com um gradeamento e não há outro caminho! Ainda assim aproveitámos para fazer uma caminhada na estrada que fica sobre o paredão da barragem.





Agora é esperar pelo próximo verão!



terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Voltaremos...

Voltaremos daqui a algum tempo
Quando o vento do sul  for ainda uma brisa suave 
A embalar o voo das andorinhas

Durante o final do outono e nos meses de inverno, os campos (que escaparam aos amendoais, olivais etc) enchem-se das cores das flores das plantas silvestres. Aqui temos a grizandra em flor (diplotaxis catholica) a pintar tudo de amarelo. Mas a margaça já dá um ar da sua graça. Surgem outros tons de amarelo da erva azeda e da calêndula silvestre. Um jardim natural que na primavera vai ficar ainda mais colorido.


Oxalá chova que a barragem está muito vazia...



Fiquem bem!






quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Outono no parque


2023

As visitas aconteceram em outubro e novembro, com cerca de um mês e meio de intervalo.

No ínicio de outubro, com temperaturas a rondar os trinta graus e muitas horas de um sol quase de verão, o outono parecia longe apesar de já ter acontecido no calendário.

Os plátanos, as amoreiras, os lódãos, os choupos e outras árvores de folha caduca, rivalizavam na cor verde da folhagem com os pimenteiros bastardos, os pinheiros, os ciprestes e outras árvores de folhagem perene.




Em Outubro, só um  pequeno tapete de folhas secas caídas no chão parecia dizer que não havia como fugir do outono! 
Mas cada árvore tem o seu ritmo e adapta-se às alterações do tempo climático. Para algumas ainda não tinha chegado o tempo de outono.
As catalpas foram as primeiras a escutar a voz de um outono já anunciado!






Nos medronheiros já com flores, amadureciam os frutos do ano anterior

Em outubro, as dezenas de oliveiras do parque estavam cheias de frutos. Em novembro toda a azeitona tinha sido apanhada e as oliveiras desbastadas e limpas.

Não fosse a subida do preço do azeite, aconteceria como no ano anterior em que a azeitona não foi apanhada e formava um tapete verde e preto no chão... 




Nos troncos  e sobretudo na base das oliveiras surgiram dezenas de cogumelos cor de laranja.

 De acordo com informação recolhida, trata-se duma espécie venenosa omphalatus olearius (mas não tenho a certeza de que seja esse o nome desta espécie).


Existem várias espécies de cogumelos, o que é natural com tanta matéria orgânica disponível!



O passeios pelo parque são feitos sem pressa e aproveitando a luz das manhãs de outono!



Em Novembro, as mélias já estão vestidas de outono mas tal como o lódão e os plátanos custaram a convencer-se! 
Tantas horas de sol e  temperaturas acima de 20ºC não lembravam nada o outono.
E recusavam a despedir-se das folhas para irem "dormir" no inverno!








Nas águas do lago "vive" o reflexo da tipuana tupi que ainda não se convenceu que é outono.

Tudo tranquilo.

Nem uma aragem a agitar as águas.
O canto das aves enfeita o silêncio do parque.
Nada que pertube estes momentos de contemplação.

Que esta  Paz pudesse ser partilhada por todos! 
Mas o mundo está um lugar feio e triste e a culpa é  do ser humano.
Uma das últimas espécies a surgir na história da vida na Terra mas que parece apostar em destruir a Natureza e a si mesma... Em nome de quê ou de quem?
Sede de um poder vão, numa vida tão breve! 
Muitas das oliveiras do parque já viveram mais anos do que nós  iremos viver!
A Natureza não tem nada a ver com as guerras nem com o enorme  sofrimento que o ser humano provoca aos seus semelhantes.
 A Natureza segue o seu rumo, a caminho do fim do Outono .


O Outono já chegou ao parque!

Para muitos não haverá outro Outono! 

Não porque chegassem ao fim do seu caminho mas porque a vida lhes foi roubada antes do tempo.


As fotografias são de nossa autoria com excepção da última que foi retirada da internet. 





Mena