sábado, 30 de março de 2019

Primavera

Primavera na cidade 

Jardim Público de Évora



O jardim público de Évora é um bom local para um passeio, tomar um café , ver a Primavera acontecer...
Há obras no Palácio D. Manuel e a grua caiu em cima do belo coreto que ficou muito danificado. Esperemos que seja recuperado pois é uma mais valia para o jardim.
As glicínias estão em flor, adornam os muros do jardim e perfumam o ar. Os seus cachos de flores de cor lilás contrastam com o cor-de-rosa das flores das olaias. 







segunda-feira, 25 de março de 2019

Primavera

Primavera no castelo

Há lugares assim, onde dá para sentir a Primavera a acontecer em tons de rosa e azul!



Duas olaias com mais de meio século estão em flor e emolduram as torres do castelo. Todos os anos acontece mas é sempre diferente.








 A olaiacujo o tronco prostrado e meio apodrecido  (sempre a conheci assim) serpenteia alguns metros pelo verde das plantas que crescem espontaneamente, é uma verdadeira resistente e uma  obra de arte da natureza.



Os ramos floridos crescem até ao chão e ficar lá no meio é uma experiência inesquecível...











Há muitas razões para visitar Viana do Alentejo e a Primavera no castelo é só mais uma mas é preciosa!

M.



quarta-feira, 20 de março de 2019

Primavera


Deixe a Vida fazer com você o que a Primavera faz com as flores!



Pablo Neruda

Não quero que a Vida faça connosco o que a Primavera faz com as flores!

Não quero nada disso!

A Primavera é a Vida a assegurar a sua continuidade, numa estratégia de sedução, uma explosão de cores, formas e aromas! Tudo muito lindo mas depois?

No fim de cada Primavera as flores morrem ou transformam-se em frutos, invólucros protectores da semente. 

A Primavera só "cuida" das flores por interesse!

Nós, maiores de sessenta, temos que nos cuidar (e cuidar um do outro) para, nesta fase de Outono da nossa vida, termos ainda muitas manhãs de Primavera! 

M.    






quarta-feira, 13 de março de 2019

Amendoeiras

Amendoeiras/ Amendoais

Embora não fossem muito frequentes, sempre houve amendoeiras no Alentejo.


Com tempo para crescerem e serem árvores a sério, enfeitam as bermas das estradas, hortas e jardins com as suas belas flores.






Conheço algumas destas  "velhas" amendoeiras com dezenas de anos e mais de cinco metros de altura.







Estas amendoeiras que crescem livremente, pouco se parecem com as árvores atarracadas dos amendoais intensivos ou super intensivos que são podadas para ficaram todas com a mesma altura (e raramente excedem 2 metros)



Estes amendoais, com poucos anos, são agora muito frequentes no Alentejo, ocupando já milhares de hectares. 



O alargamento do perímetro de rega do Alqueva  tornou  possível e apetecível ocupar os solos com olivais e mais recentemente com estes amendoais que transformaram a paisagem (e esperemos que também a economia) do Alentejo.

A LENDA DAS AMENDOEIRAS DO ALENTEJO
Era uma vez uma barragem, de seu nome Alqueva que levou 50 anos de espera  para ser construída mas também quando o foi, deu origem ao maior lago artificial da Europa.
Com fartura de água e terra barata por cultivar, vieram os agricultores/empresários espanhóis e alguns portugueses que viram ali uma oportunidade de negócio rentável, tanto mais que estas culturas recebem bastantes incentivos...
Assim no Alentejo, milhares de hectares de terras, vestem-se de branco no final do Inverno , quando as amendoeiras (de corte à escovinha)  explodem em cor e beleza!
Já agora que produzam muitos frutos e que a sua transformação também seja feita na região!





sexta-feira, 1 de março de 2019

Alentejo

Alentejo

Aqui, na margem do lago formado pela barragem, tudo é relativo...


Não chegam ecos do mundo em convulsões e os sons que se ouvem são dos chocalhos das ovelhas e cabras que comem vorazmente a erva verde que cobre os campos. 

De vez em quando a pastora grita com a Bonita  (olha o teu filho na água!), chama a Branquinha, a Mimosa e o Barbudo.
As espaços, abre um banquinho, senta-se a comer a merenda e vai deitando o olho ao seu rebanho.


Quando o rebanho começa a afastar-se, lá vai ela atrás deles, de banco às costas.
Acena na curva do caminho e grita:
-Estou a fazer a minha caminhada mas eles correm mais do que eu! 

No ar ficou, durante algum tempo, o som dos chocalhos.

Um peixe saltou fora de água para apanhar algum insecto.
Uma garça -real pousou na margem e vai avançando lentamente pela água.

Um casal de águias plana vigilante...
As margaça-de-inverno e a grizandra estão em flor.


Ficámos ali, nem sei quanto tempo!
Como se fosse outra realidade, o tempo é vivido de  outra maneira...