Mostrar mensagens com a etiqueta Parque. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Parque. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Outono no parque


2023

As visitas aconteceram em outubro e novembro, com cerca de um mês e meio de intervalo.

No ínicio de outubro, com temperaturas a rondar os trinta graus e muitas horas de um sol quase de verão, o outono parecia longe apesar de já ter acontecido no calendário.

Os plátanos, as amoreiras, os lódãos, os choupos e outras árvores de folha caduca, rivalizavam na cor verde da folhagem com os pimenteiros bastardos, os pinheiros, os ciprestes e outras árvores de folhagem perene.




Em Outubro, só um  pequeno tapete de folhas secas caídas no chão parecia dizer que não havia como fugir do outono! 
Mas cada árvore tem o seu ritmo e adapta-se às alterações do tempo climático. Para algumas ainda não tinha chegado o tempo de outono.
As catalpas foram as primeiras a escutar a voz de um outono já anunciado!






Nos medronheiros já com flores, amadureciam os frutos do ano anterior

Em outubro, as dezenas de oliveiras do parque estavam cheias de frutos. Em novembro toda a azeitona tinha sido apanhada e as oliveiras desbastadas e limpas.

Não fosse a subida do preço do azeite, aconteceria como no ano anterior em que a azeitona não foi apanhada e formava um tapete verde e preto no chão... 




Nos troncos  e sobretudo na base das oliveiras surgiram dezenas de cogumelos cor de laranja.

 De acordo com informação recolhida, trata-se duma espécie venenosa omphalatus olearius (mas não tenho a certeza de que seja esse o nome desta espécie).


Existem várias espécies de cogumelos, o que é natural com tanta matéria orgânica disponível!



O passeios pelo parque são feitos sem pressa e aproveitando a luz das manhãs de outono!



Em Novembro, as mélias já estão vestidas de outono mas tal como o lódão e os plátanos custaram a convencer-se! 
Tantas horas de sol e  temperaturas acima de 20ºC não lembravam nada o outono.
E recusavam a despedir-se das folhas para irem "dormir" no inverno!








Nas águas do lago "vive" o reflexo da tipuana tupi que ainda não se convenceu que é outono.

Tudo tranquilo.

Nem uma aragem a agitar as águas.
O canto das aves enfeita o silêncio do parque.
Nada que pertube estes momentos de contemplação.

Que esta  Paz pudesse ser partilhada por todos! 
Mas o mundo está um lugar feio e triste e a culpa é  do ser humano.
Uma das últimas espécies a surgir na história da vida na Terra mas que parece apostar em destruir a Natureza e a si mesma... Em nome de quê ou de quem?
Sede de um poder vão, numa vida tão breve! 
Muitas das oliveiras do parque já viveram mais anos do que nós  iremos viver!
A Natureza não tem nada a ver com as guerras nem com o enorme  sofrimento que o ser humano provoca aos seus semelhantes.
 A Natureza segue o seu rumo, a caminho do fim do Outono .


O Outono já chegou ao parque!

Para muitos não haverá outro Outono!

Não porque chegassem ao fim do seu caminho mas porque a vida lhes foi roubada antes do tempo.

Por infeliz coincidência, para nós não houve outro outono juntos!

acrescentado em março de 2025 

As fotografias são de nossa autoria com excepção da última que foi retirada da internet. 





Mena