terça-feira, 5 de setembro de 2017

Rio de Onor


Aldeia de Rio de Onor

Esta aldeia foi eleita a sétima maravilha na categoria de "Aldeias em áreas protegidas" (2017). É uma aldeia raiana do concelho de Bragança com 44,16 km² e 76 habitantes.





 O casario dispõe-se em duas ruas principais que ficam paralelas ao rio.


A Igreja Matriz fica logo quase à entrada. É só passar  a ponte  e seguir pela rua empedrada...







As ruas são empedradas e as casas construídas maioritariamente com xisto.

















Há muitas casas abandonadas mas também há algumas a serem restauradas de acordo com a tipologia e materiais da região.





As casas tradicionais são compostas por dois andares:no primeiro andar mora a família e no andar de baixo fica o gado e guardam-se os cereais e os produtos da terra.





 As aldeia pareceu-nos quase deserta e o silêncio chegava a ser incómodo. Apenas alguns sinais nos fizeram pensar que ali vivia gente: a roupa  a secar nos varais, alguns automóveis estacionados e as plantas em flor que enfeitavam algumas varandas e entrada das casas.

Na nossa breve visita pela aldeia, avistámos  quatro habitantes.


O rio Onor é presença constante que marca a vida das gentes e embeleza a aldeia. 





Para além das nossas vozes, o cantar da água e das aves foram a nossa companhia nesta viagem pela aldeia... Nem cão, nem gato se vislumbraram!



"Rio de Onor é atravessada a meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha, sendo para efeitos oficiais a parte espanhola distinguida como Rihonor de Castilla, e sendo ambas as partes conhecidas pelos seus habitantes como "povo de acima" e "povo de abaixo", não se distinguindo assim de facto como dois povoados diferentes." 


Este castanheiro, já bem sénior, fica na fronteira com  Espanha

 O nosso grupo de seniores,em 2015,com um pé em Portugal e outro em Espanha!



Vamos ficar com a ilusão de que Rio de Onor “subsiste ainda como aldeia comunitária. Este regime pressupõe uma partilha e entreajuda de todos os habitantes, nomeadamente nas seguintes formas: partilha dos fornos comunitários; partilha de terrenos agrícolas comunitários, onde todos devem trabalhar; partilha de um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários”…
Não sabemos se teremos oportunidade de voltar a Rio de Onor!
À medida que os anos passam, as distâncias parecem ficar maiores e mais difíceis de vencer, mesmo bem acomodados e a viajar em grupo. Num país tão pequeno, a certa altura fica tudo tão longe e os mais de 600 km até lá, são muitos km! Quando saímos do autocarro,  a um doíam-lhe os joelhos, ao outro doía-lhe a coluna e em conjunto doía-nos tudo, menos a alma! Mas o interesse e entusiasmo de conhecer a aldeia eram grandes!
Valeu a pena esta visita que foi muito breve para o que havia para desfrutar...
Ficou ainda muito por ver e sobretudo por conhecer das  gentes e costumes de Rio de Onor!
Mas, se calhar, já nada é como era: em Rio de Onor e em nós!

"Todo o mundo é composto de mudança".



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